Generalismos e a sempre culpada imprensa

"Toda unanimidade é burra", já disse Nelson Rodrigues, dramaturgo e jornalista brasileiro. Podemos dizer que no(s) caso(s) que serão citados no post a unanimidade é no mínino relativa.

Com grande repercussão nacional, o objetivo de reinvindicar a saída da PM das dependências da USP pelos estudantes foi buscado nos moldes de revolução. Não entrarei nos méritos de quem começou esta "mini-guerra", ou quanto ao abuso de poder por parte dos policiais, falta (ou não) de critérios que justifiquem a manifestação dos alunos, ou ainda isentar a mídia como um todo de manipular as informações relacionadas a este assunto. Mas quero usar este acontecido para questionar o fato de sempre que há qualquer tipo de acontecimento, que atrai a grande mídia para cobertura, sempre há o pressuposto de que, independente do que aconteça, todo aspecto negativo é creditado ao jornalista, além do tratamento dado à eles  (ainda não trabalho como jornalista, por isso não escrevo em primeira pessoa) por parte do manifestante e do "combatente", no caso da USP por exemplo.

Em geral, o profissional jornalista já é classificado como O manipulador, O implantador de notícias; claro que muitos realmente o fazem - REPITO: não estou generalizando NADA nem NINGUÉM; aliás, o intuito do texto é apenas abrir questionamentos para TODOS OS LADOS. O que quero realmente pautar é o total nonsense de alguns em hostilizar e até mesmo agredir o profissional que está lá para fazer seu trabalho, teoricamente. Ainda que ele esteja no local com a intenção de ESCOLHER  o que mostrar, fazendo um trabalho parcial, agredí-lo não tornará a causa em si mais nobre. Pelo contrário, somente a desmoraliza e dá vazão a todo e qualquer tipo de veiculação de notícias que os "MANIPULADORES" logo lançarão. Assim como a polícia, que acaba perdendo sua voz de comando moral e atribui a fama do poder de força.  

Veja algumas notas sobre a violência contra jornalistas, oriundas de todos os lados:

Para toda ação, há uma reação. Nem todos os estudantes da USP estão na manifestação para ausentar-se das aulas e fumar maconha, como MUITOS comentaram e veicularam. Nem todos os policiais abusaram do poder, ainda que se um o faz, possa representar a atitude de todos os outros, mesmo que "visualmente". Nem todo jornalista está ali para difamar o manifestante, ou manipular o acontecido, mas simplesmente de passar a informação conforme ela está acontecendo.

Vamos rever os conceitos dos generalismos para não atirarmos pedras morando embaixo de um teto de vidro.

LA PAZ, Bolívia


2 comentários:

Adhemar Juan disse...
30 de novembro de 2011 às 16:09

Generalizar é algo estúpido mesmo. Com relação aos jornalistas não é diferente, como você bem disse no texto.

Mas olha, muitos jornalistas pagam pela besteira de alguns. O próprio curso de Jornalismo acaba nos mostrando como essa profissão pode ter podres. E o ruim é que o jornalista tem um certo "poder" sobre as pessoas. Afinal, nós, jornalistas, não devemos prestar serviço à sociedade?

Com a má índole de alguns, a classe acaba levando a culpa, infelizmente.

Raiza Oliveira disse...
1 de dezembro de 2011 às 09:18

Verdade Adhemar! e isso acontece em todos os aspectos da sociedade..na religião, na política, no futebol.. são as chamadas "histórias únicas" que perpetuam uma imagem estereotipada sobre algo ou alguém, o que só deturpa a imagem do que ou de quem é realmente bom e honesto.

Obrigada pelo comentário! Abs!

Comente

Volver al inicio Volver arriba Penso, logo falo. Theme ligneous by pure-essence.net. Bloggerized by Chica Blogger.