Não é um adeus, mas um até logo

Trabalho, época de provas, rotina de proletariado, foram esses e alguns outros motivos que nos fizeram não poder dedicar tanto tempo a este blog, um projeto que começamos e não conseguimos levar como desejamos.  Mas calma, não é o fim!

Estamos aqui para dizer que voltaremos, sim, mas não hoje, nem agora, mas muito em breve. Antes de cair de cabeça nesse projeto queremos nos organizar, arrumar algumas coisas deixadas de lado e poder voltar com tudo e de uma vez. As ideias estão fervilhando e os dedinhos aflitos para escrever novos textos e deixarmos nossos pitacos sobre todo e qualquer assunto.

Então, podemos dizer que este post não é um adeus, somente um até logo que trará muitas novidades :)

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Perder

A dor da perda. Um filme que passa à frente dos olhos logo que se recebe a notícia. Os milhões de questionamentos quanto à demonstração de afeto, amor e carinho para com a pessoa que não se tem mais por perto, e nunca mais terá enquanto esteve aqui, perto, quente, reagindo. Um drama sentido na pele, distante do que insistimos em fazer por problemas banais de todos os dias. Brigas no trânsito, chefe exigente ou falta de grana são reduzidos a pó. Perder e nunca mais ter de volta. Se dar conta disso é devastador.

Não é como perder um objeto, ou um filme na sua última sessão. Tampouco como perder uma prova importante ou um encontro decisivo para o trabalho. Perde-se uma parte de si. Enquanto esteve aqui, fiz o que tanto prego sobre o amor, mentalmente, todos os dias? Cuidei o quanto deveria? Me aproximei como podia? Amei como declarava? Nada disso importa mais. Perdi e nunca mais terei de volta. O nó na garganta que se desfará lentamente e aos poucos, é o menor dos punimentos por cada por quê ou "se" levantado. Foi, para nunca mais voltar.

Ficam as lembranças, os carinhos, os ensinamentos, o convívio bom, o exemplo de pessoa. As lágrimas serão apenas de saudade. A consciência da existência era confortante. A ausência faz perder o rumo, mesmo que por um tempo. "Como será a partir de agora?" Tudo faz lembrar. Um sorriso que fazia todos sorrirem.

A vida deve continuar. Sentimento de vazio, e a tentativa de executar na prática o trabalho deixado por quem partiu. Não pensar no que não se fez. Seguir para fazer feliz quem tanto nos fez feliz, seja onde for. Seu exemplo, seu abraço, sua comida e seus conselhos. Um ganho.

À Rozália Andrade de Oliveira e a todos os que passaram pela vida de alguém para deixar felicidade, carinho ou um ensinamento. In memorian and in our hearts.

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Loucuras de fã

Fã: um tipo de ser humano que faz loucuras de todos os tipos pra poder ver o seu artista favorito. Há vários níveis de fã: os que guardam tudo o que publicam do artista idolatrado, que não liga pra distancia quando for vê-lo e até alguns que guardam fio de cadelo, chiclete, toalha, etc.; tem os do nível baixo, que apenas gostam do que o artista faz, que, se for cantor/banda, sabe as letras das musicas e as tem no seu MP3; e existe o nível médio que sabe as musicas, tem algumas coisas do tal artista mas não corre muito atrás disso e, o mais importante, faz algumas loucurinhas por ele. Eu me encaixo nesse nível médio, é difícil quando resolvo escutar todas as musicas ou procurar alguma coisa sobre o artista (preguiça mesmo), mas quando o faço fico levemente viciada na pessoa. E sim, faço pequenas loucuras pra ir em algum show do meu cantor ou banda favoritos, mas nada do tipo vender as roupas pra comprar o ingresso ou aparecer na fila as sete da manhã da semana anterior só pra ficar na grade.

Já fui até Paulínia -cidade do interior de São Paulo- de ônibus, sem ter comprado as passagens antes, com a possibilidade da fila pra comprar estar gigantesca e perdermos o início do show, e tive que voltar no dia seguinte, correndo, porque tinha que trabalhar. Não é a maior loucura de todos os tempos, mas deu um estressezinho. E mesmo assim, digo que faria tudo novamente, foi um dos melhores dias/shows da minha vida. Ir pro lugar do show sem saber como chegar, só você e seu amigo e de ônibus/metrô, ou até mesmo sabendo o caminho mas em um show que acabaria em um horário que não passava mais nenhum tipo de transporte público e ter que esperar até voltar a passar, são "pequenas" loucuras que acabam sendo feitas mais facilmente. Ontem foi mais um dia em que fiz uma dessas loucuras de fã-desesperada-pra-ver-o-cantor, fui em uma casa noturna (leia-se balada) na zona oeste de São Paulo, sem conhecer o local e ter pesquisado o caminho apenas pelo Google, que todos nós sabemos o quão impreciso ele é. 

Eu e mais duas amigas fomos como se não houvesse amanhã com a cara e a coragem de três mochileiros que têm total noção de espaço/caminho, o problema é que não temos noção nenhuma e tivemos uma pequena dificuldade de achar o lugar. Chegando lá, só precisaríamos entrar antes da uma da manhã pois era vip para mulheres - desemprego tá pesado meus amigos - e, quem sabe, comprar alguma coisa lá dentro pra matar a sede, e aí sim só curtir e esperar o tão esperado cantor começar seu show. O problema foi que a água lá dentro era caríssima e não estávamos em condições para tal luxo, então nos contentamos em esperar e apenas olhar os alienígenas que dançavam bem pra caceta as pessoas que estavam ali dançando. Enfim, o show começou, e foi tudo maravilhoso. Meu lado fã não deixará descrever o show com palavras simples, foi emocionante escutá-lo cantando as musicas que sempre ouvi e me identifiquei completamente, é incrível ver ao vivo a pessoa que escreveu aquelas frases que, muitas vezes, ajudam em seus problemas pessoais. Não sei explicar com palavras o que senti, mas tenho certeza que qualquer um que foi no show ou viu alguém que admira sabe da emoção que estou escrevendo. O dia entrou pra lista dos inesquecíveis que eu tenho vontade de voltar no tempo, só pra aproveitar mais um pouquinho.

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Micos corporativos

Se tem uma situação pela qual todo mundo já passou nessa vida é "pagar mico". Para quem não conhece a expressão, trata-se de passar por alguma situação constrangedora na frente de alguém - conhecido ou não. Mas existe um mico que muita gente tem o grande azar privilégio de pagar. O mico corporativo. Aquele que acontece no momento e lugar mais inapropriado possível: o local de trabalho.

Cair na frente do chefe, bocejar monstruosamente NAQUELA apresentação ao cliente, arrotar involuntariamente  na mesa do almoço junto aos colegas de trabalho bem no primeiro dia de emprego, ser pego reclamando do salário ou da tarefa atribuída pelo patrão.. são várias as humilhações. Recentemente, consegui entrar pro "seleto" grupo de pessoas que pagam o tal do mico corporativo. Caí da escada em frente - em frente mesmo - ao cliente que estava para receber informações minhas sobre o produto (curso de idioma), e fingi que nada havia acontecido, mesmo me contorcendo de dor por dentro. No entanto, isso não foi nada perto do "King Kong" (mico memorável) da minha companheira de trabalho.  Certo dia, no momento que estava trancando as portas da empresa e o chefe a esperava, ela simplesmente deu as costas para ele com o zíper da saia, que ficava na parte de trás da peça, quase que totalmente aberto. E o pior: só descobriu isso quando o próprio, gentilmente, a questionou se sua roupa não havia rasgado. 

Tem também o relato de uma amiga que disse ter passado a maior vergonha da vida ao ter se produzido com capricho para uma importante reunião, com direito à presença de chefes e clientes. Não mais que de repente, algo saltita pela mesa principal. Era sua unha postiça, capturada pelo chefe que a perguntou na hora o que era aquilo. 

Não tem jeito. Se você nunca pagou um miquinho sequer na sua vida profissional, é bom se preparar, ao menos psicologicamente. Ele virá no PIOR momento possível. 

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Papo Cabeça

Estava eu voltando do trabalho pra casa, num Perdizes-Miruna cansado às 5 e tantas da tarde, sentada milagrosamente em um dos bancos da frente, um daqueles que ficam antes de passar pela catraca, sem ser um dos reservados para idosos, gestantes ou deficientes. Um jovem sentou ao meu lado, e assim como eu seguiu seu trajeto mudo e calado; ele concentrado na linda paisagem urbana que a zona Aeroporto-Moema-Jabaquara oferece, e eu dividindo atenções entre minha playlist do celular e uma revista. Mas não foi com ele meu papo.

  

O jovem saiu do banco ao meu lado em um momento que tinham pessoas saindo pelas janelas, mas que logo desceriam na próxima estação do metrô. Uma senhora sentou em seu lugar, ao meu lado. Era uma oriental, de estatura similar à minha (baixa, caso não saibam), vestindo um longo traje claro e florido. Tinha em mãos uma grande Bíblia encapada, cheia de papeis entre as folhas e acompanhada de um pingente médio de algum santo. Seria notada de qualquer maneira, mas fez questão de sentar ao meu lado comentando, enjuriada, sobre um homem que havia "encostado" nela. Ela estava completamente indignada a respeito de como ele teve a capacidade de pensar em se aproveitar dela, sendo ela uma "velha com uma Bíblia na mão" - como ela mesma colocou. Sua revolta era tanta que ela se sentia muito incomodada em estar próxima do tal homem, mesmo já sentada; e assim eu ofereci meu lugar à janela a ela. Depois de muito me agradecer, a senhora ficou visivelmente aliviada, e com um sorriso que não lhe saiu mais do rosto, começou a conversar comigo. Lamentou com tristeza o fato de não respeitarem idosos nos coletivos, citando exemplos de quando já teve seu pedido para se sentar negado por jovens da minha idade.  Por diversas vezes ela me perguntou se ela não me incomodava, já que eu estava inicialmente com os fones de ouvido e a revista em mãos. É claro que respondi que não, o que de fato foi sincero. Ter sido a pessoa com quem uma senhora no alto de seus 77 anos de experiências a qual ela depositou confiança a ponto de mostrar a foto dos filhos e netos, foi deveras gratificante.

Ela me contou de tudo um pouco sobre sua vida.Me revelou sua idade que de fato me surpreendeu, quando parecia ter no mínimo 10 anos a menos e estava mais lúcida e vibrante do que eu, enquanto puxava suas próprias bochechas indicando que estavam saudáveis e cheias de elasticidade. Me contou sobre sua vida religiosa, e do tempo que é devota à sua crença. Me perguntou se eu também era adepta à religião, e eu disse que não - o que não a intimidou. Continuou a falar sobre suas experiências mais marcantes e até conversas com o padre de sua paróquia, que a aconselhou escrever um livro sobre sua vida - nessa hora eu me empolguei e fiz o mesmo que o padre, coloquei mais pilha na ideia. Contou-me também do amor que sente por São Paulo e pelo Brasil, já que é natural do Japão, e citando seu país, entristeceu-se com a situação recente dos habitantes do país submetidos aos desastres naturais. Ela confessou detestar a Liberdade - bairro paulistano que mantém a cultura oriental por descendentes e imigrantes japoneses há anos. Me surpreendeu mais uma vez ao contar sobre os 4 filhos e 11 netos, e foi aí que abriu sua Bíblia gigante  tirando uma das fotos de seus filhos e alguns dos netos. Quanto orgulho ela sentia deles!

Chegando ao meu destino, ela lamentou, abaixando as laterais das sobrancelhas, o que me fez querer continuar a viagem pra ouvir mais e mais histórias. Ela se despediu sorrindo muito, dizendo que adorava conversar com moças como eu (o que ela quis dizer com isso cabe à nossa imaginação) e que adorou me conhecer - ainda que eu não tivesse dito muita coisa diante de um livro em forma de gente.

Deixo registrado então um tapa na cara de quem não dá atenção aos "velhos" e os tratam mal por aí: OUÇAM-OS. Metade da experiência deles derruba sua grande sabedoria de míseros 20 anos em poucas palavras. E lembre-se: amanhã você será um deles.

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Sempre tem um lado positivo

Estou aqui, de frente pro meu computador, esperando vir alguma inspiração pro próximo post. Sinceramente, não tenho a menor noção de como começar e, muito menos, do que falar. Tô numa fase tão doida e confusa da minha vida que, de verdade, não tenho assunto bom e agradável para comentar. Sabe aquela semana do inferno astral, que todo mundo passa perto do aniversário e que depois vem a fase do paraíso astral? Então, meu aniversário já passou faz mais de um mês e eu to aí, esperando a parte do paraíso astral começar, porque olha tá complicado aqui viu?!

Acho que todos aqui já passaram por fases difíceis e chatas, e vai entender o que eu estou passando. Sabe aquele ditado 'má sorte no jogo, sorte no amor'? No meu caso, a má sorte tá em todos os lados da vida, não tem separação de amor, trabalho, jogo, estudos, tudo isso tá junto naquela parte de má sorte e a que tá na segunda parte é amigos, família e saúde (tem salvação pelo menos). A parte de estudos tá um porre, trabalho (que trabalho?) tá uma confusão e só decepção nessa área, amor eu prefiro nem comentar porque essa parte é a mais feia e doida de todas as outras...

Bom, não estou aqui pra contar as desgraças da minha vida (apesar de ter resumido elas acima). Estou aqui para falar pra vocês que toda essa parte ruim é compensada por pequenas alegrias, não só pra mim mas pra todos nós. Quando você acha que tudo vai explodir de vez, você consegue um bico pra pagar suas contas; ou quando você tá triste por qualquer motivo, vem um amigo ou alguém da sua família e te conta uma piada ou qualquer coisa que te lembre como é dar uma risada demorada. O que move o universo são essas pequenas alegrias, porque de desgraça o mundo tá cheio e mesmo assim tem gente rindo em todos os cantos, todo mundo já sofreu de amor e mesmo assim você olha pro lado e vê um casal apaixonado. Cair não é motivo pra desistir, e sim pra levantar com mais força do que antes.

Não quero dar lição de moral, e muito menos dizer a resolução dos seus problemas (até porque eu nem sei a resolução dos meus). Só estou aqui pra te lembrar que tudo, tudo mesmo, tem um lado positivo na vida. Na hora do desespero é difícil de ver, eu sei, mas quando se acalmar é só pensar melhor, que você vai perceber e vai ver que teve alguma coisa boa no meio de várias ruins, e são as boas que marcam mais na sua história.

"Bote um sorriso no rosto e pare de chorar. Chegou a hora de recomeçar e rever os seus sonhos e planos. O tempo não volta atrás, eu sei, mas o passado se desfaz como chuva de verão..." (Rub)

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Vamos colecionar?

A arte de colecionar, buscar várias coisas de uma determinada categoria e não sossegar enquanto não tiver tudo para poder apreciar. Selos, moedas, cartão telefônico (sim, eu já tive), cartão postal, papel de bala, folheto de cartomante, ingressos de cinema e shows, enfim, são os mais diversos tipos de coleções, sejam elas comuns ou estranhas, o que vale é colecionar. Todos nós já tivemos alguma coleção na vida, nem precisa ser a coleção, algo que completamos, somente coisas que juntamos para querer ter recordações ou porque era a mania do momento, como os tazos que vinham nos salgadinhos e os brinquedos do Kinder Ovo. 

Colecionadores profissionais, esses são os caras que correm atrás e fazem de suas coleções relíquias com grande valor, sentimental ou monetário. Eles colecionam desde coisas pequenas, como os selos de carta, até obras de arte, antiguidades, entre outros. Muitas dessas coleções podem parar em exposições, chegar no Guiness, ensinar história a muitos e encantar a todos. 

Mas vamos falar das coleções menores, aquelas que são extravagantes para alguns, besteiras para outros, mas não deixam de ser coleções e de serem importantes para quem as coleciona. Vamos começar com as mulheres, sim, mulheres que colecionam coisas que os homens não entendem. Vejamos as coleções de esmaltes, sempre me perguntam para que ter tantos esmaltes sendo que as cores são praticamente as mesmas e nós só temos um unha em cada dedo? Realmente não sei chegar a uma explicação do por que gostar tanto desses vidrinhos com substâncias coloridas que passamos na unha, mas é algo que eu realmente não consigo parar de comprar, a cada coleção, cada nova marca, sinto que necessito daquela cor para a minha coleção ficar completa. E olha, tenho que considerar que a minha prateleira contém poucos, com apenas 30 esmaltes considero uma quantidade  pequena diante da diversidade que existem por esse mundão.

Outra coleção que tenho grande interesse é de figurinhas. Sim, comprar álbuns de figurinhas e completá-los é algo que eu acho extremamente divertido. Me lembro da Copa do Mundo de 2010 que ganhei um e quase completei, faltando apenas 40, era uma ansiedade a cada pacotinho que comprava na expectativa de tirar aquela figurinha especial ou que faltava para completar uma página. E pra quem já colecionou, sabe que figurinhas repetidas nem sempre são um problema, mas sim uma oportunidade de ir a encontros de troca e conhecer pessoas novas que gostam da mesma coisa que você. 

Uma coleção interessante é a de garrafas de cerveja em suas grandes variedades, além de ficarem diferentes como decoração em casa, nos da o gostinho de experimentar diferentes tipos do produto com a desculpa de que só queremos a garrafa. São tantos os tipos de coleção que fica difícil citar todas, algumas são extravagantes, outras são humildes, pessoais, mas o que importa é se divertir e poder apreciar e guardar aquilo que gostamos. Queremos descobrir os mais diversos tipos de coleção, compartilhe conosco as suas!

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