Não é um adeus, mas um até logo

Trabalho, época de provas, rotina de proletariado, foram esses e alguns outros motivos que nos fizeram não poder dedicar tanto tempo a este blog, um projeto que começamos e não conseguimos levar como desejamos.  Mas calma, não é o fim!

Estamos aqui para dizer que voltaremos, sim, mas não hoje, nem agora, mas muito em breve. Antes de cair de cabeça nesse projeto queremos nos organizar, arrumar algumas coisas deixadas de lado e poder voltar com tudo e de uma vez. As ideias estão fervilhando e os dedinhos aflitos para escrever novos textos e deixarmos nossos pitacos sobre todo e qualquer assunto.

Então, podemos dizer que este post não é um adeus, somente um até logo que trará muitas novidades :)

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Perder

A dor da perda. Um filme que passa à frente dos olhos logo que se recebe a notícia. Os milhões de questionamentos quanto à demonstração de afeto, amor e carinho para com a pessoa que não se tem mais por perto, e nunca mais terá enquanto esteve aqui, perto, quente, reagindo. Um drama sentido na pele, distante do que insistimos em fazer por problemas banais de todos os dias. Brigas no trânsito, chefe exigente ou falta de grana são reduzidos a pó. Perder e nunca mais ter de volta. Se dar conta disso é devastador.

Não é como perder um objeto, ou um filme na sua última sessão. Tampouco como perder uma prova importante ou um encontro decisivo para o trabalho. Perde-se uma parte de si. Enquanto esteve aqui, fiz o que tanto prego sobre o amor, mentalmente, todos os dias? Cuidei o quanto deveria? Me aproximei como podia? Amei como declarava? Nada disso importa mais. Perdi e nunca mais terei de volta. O nó na garganta que se desfará lentamente e aos poucos, é o menor dos punimentos por cada por quê ou "se" levantado. Foi, para nunca mais voltar.

Ficam as lembranças, os carinhos, os ensinamentos, o convívio bom, o exemplo de pessoa. As lágrimas serão apenas de saudade. A consciência da existência era confortante. A ausência faz perder o rumo, mesmo que por um tempo. "Como será a partir de agora?" Tudo faz lembrar. Um sorriso que fazia todos sorrirem.

A vida deve continuar. Sentimento de vazio, e a tentativa de executar na prática o trabalho deixado por quem partiu. Não pensar no que não se fez. Seguir para fazer feliz quem tanto nos fez feliz, seja onde for. Seu exemplo, seu abraço, sua comida e seus conselhos. Um ganho.

À Rozália Andrade de Oliveira e a todos os que passaram pela vida de alguém para deixar felicidade, carinho ou um ensinamento. In memorian and in our hearts.

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Loucuras de fã

Fã: um tipo de ser humano que faz loucuras de todos os tipos pra poder ver o seu artista favorito. Há vários níveis de fã: os que guardam tudo o que publicam do artista idolatrado, que não liga pra distancia quando for vê-lo e até alguns que guardam fio de cadelo, chiclete, toalha, etc.; tem os do nível baixo, que apenas gostam do que o artista faz, que, se for cantor/banda, sabe as letras das musicas e as tem no seu MP3; e existe o nível médio que sabe as musicas, tem algumas coisas do tal artista mas não corre muito atrás disso e, o mais importante, faz algumas loucurinhas por ele. Eu me encaixo nesse nível médio, é difícil quando resolvo escutar todas as musicas ou procurar alguma coisa sobre o artista (preguiça mesmo), mas quando o faço fico levemente viciada na pessoa. E sim, faço pequenas loucuras pra ir em algum show do meu cantor ou banda favoritos, mas nada do tipo vender as roupas pra comprar o ingresso ou aparecer na fila as sete da manhã da semana anterior só pra ficar na grade.

Já fui até Paulínia -cidade do interior de São Paulo- de ônibus, sem ter comprado as passagens antes, com a possibilidade da fila pra comprar estar gigantesca e perdermos o início do show, e tive que voltar no dia seguinte, correndo, porque tinha que trabalhar. Não é a maior loucura de todos os tempos, mas deu um estressezinho. E mesmo assim, digo que faria tudo novamente, foi um dos melhores dias/shows da minha vida. Ir pro lugar do show sem saber como chegar, só você e seu amigo e de ônibus/metrô, ou até mesmo sabendo o caminho mas em um show que acabaria em um horário que não passava mais nenhum tipo de transporte público e ter que esperar até voltar a passar, são "pequenas" loucuras que acabam sendo feitas mais facilmente. Ontem foi mais um dia em que fiz uma dessas loucuras de fã-desesperada-pra-ver-o-cantor, fui em uma casa noturna (leia-se balada) na zona oeste de São Paulo, sem conhecer o local e ter pesquisado o caminho apenas pelo Google, que todos nós sabemos o quão impreciso ele é. 

Eu e mais duas amigas fomos como se não houvesse amanhã com a cara e a coragem de três mochileiros que têm total noção de espaço/caminho, o problema é que não temos noção nenhuma e tivemos uma pequena dificuldade de achar o lugar. Chegando lá, só precisaríamos entrar antes da uma da manhã pois era vip para mulheres - desemprego tá pesado meus amigos - e, quem sabe, comprar alguma coisa lá dentro pra matar a sede, e aí sim só curtir e esperar o tão esperado cantor começar seu show. O problema foi que a água lá dentro era caríssima e não estávamos em condições para tal luxo, então nos contentamos em esperar e apenas olhar os alienígenas que dançavam bem pra caceta as pessoas que estavam ali dançando. Enfim, o show começou, e foi tudo maravilhoso. Meu lado fã não deixará descrever o show com palavras simples, foi emocionante escutá-lo cantando as musicas que sempre ouvi e me identifiquei completamente, é incrível ver ao vivo a pessoa que escreveu aquelas frases que, muitas vezes, ajudam em seus problemas pessoais. Não sei explicar com palavras o que senti, mas tenho certeza que qualquer um que foi no show ou viu alguém que admira sabe da emoção que estou escrevendo. O dia entrou pra lista dos inesquecíveis que eu tenho vontade de voltar no tempo, só pra aproveitar mais um pouquinho.

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Micos corporativos

Se tem uma situação pela qual todo mundo já passou nessa vida é "pagar mico". Para quem não conhece a expressão, trata-se de passar por alguma situação constrangedora na frente de alguém - conhecido ou não. Mas existe um mico que muita gente tem o grande azar privilégio de pagar. O mico corporativo. Aquele que acontece no momento e lugar mais inapropriado possível: o local de trabalho.

Cair na frente do chefe, bocejar monstruosamente NAQUELA apresentação ao cliente, arrotar involuntariamente  na mesa do almoço junto aos colegas de trabalho bem no primeiro dia de emprego, ser pego reclamando do salário ou da tarefa atribuída pelo patrão.. são várias as humilhações. Recentemente, consegui entrar pro "seleto" grupo de pessoas que pagam o tal do mico corporativo. Caí da escada em frente - em frente mesmo - ao cliente que estava para receber informações minhas sobre o produto (curso de idioma), e fingi que nada havia acontecido, mesmo me contorcendo de dor por dentro. No entanto, isso não foi nada perto do "King Kong" (mico memorável) da minha companheira de trabalho.  Certo dia, no momento que estava trancando as portas da empresa e o chefe a esperava, ela simplesmente deu as costas para ele com o zíper da saia, que ficava na parte de trás da peça, quase que totalmente aberto. E o pior: só descobriu isso quando o próprio, gentilmente, a questionou se sua roupa não havia rasgado. 

Tem também o relato de uma amiga que disse ter passado a maior vergonha da vida ao ter se produzido com capricho para uma importante reunião, com direito à presença de chefes e clientes. Não mais que de repente, algo saltita pela mesa principal. Era sua unha postiça, capturada pelo chefe que a perguntou na hora o que era aquilo. 

Não tem jeito. Se você nunca pagou um miquinho sequer na sua vida profissional, é bom se preparar, ao menos psicologicamente. Ele virá no PIOR momento possível. 

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Papo Cabeça

Estava eu voltando do trabalho pra casa, num Perdizes-Miruna cansado às 5 e tantas da tarde, sentada milagrosamente em um dos bancos da frente, um daqueles que ficam antes de passar pela catraca, sem ser um dos reservados para idosos, gestantes ou deficientes. Um jovem sentou ao meu lado, e assim como eu seguiu seu trajeto mudo e calado; ele concentrado na linda paisagem urbana que a zona Aeroporto-Moema-Jabaquara oferece, e eu dividindo atenções entre minha playlist do celular e uma revista. Mas não foi com ele meu papo.

  

O jovem saiu do banco ao meu lado em um momento que tinham pessoas saindo pelas janelas, mas que logo desceriam na próxima estação do metrô. Uma senhora sentou em seu lugar, ao meu lado. Era uma oriental, de estatura similar à minha (baixa, caso não saibam), vestindo um longo traje claro e florido. Tinha em mãos uma grande Bíblia encapada, cheia de papeis entre as folhas e acompanhada de um pingente médio de algum santo. Seria notada de qualquer maneira, mas fez questão de sentar ao meu lado comentando, enjuriada, sobre um homem que havia "encostado" nela. Ela estava completamente indignada a respeito de como ele teve a capacidade de pensar em se aproveitar dela, sendo ela uma "velha com uma Bíblia na mão" - como ela mesma colocou. Sua revolta era tanta que ela se sentia muito incomodada em estar próxima do tal homem, mesmo já sentada; e assim eu ofereci meu lugar à janela a ela. Depois de muito me agradecer, a senhora ficou visivelmente aliviada, e com um sorriso que não lhe saiu mais do rosto, começou a conversar comigo. Lamentou com tristeza o fato de não respeitarem idosos nos coletivos, citando exemplos de quando já teve seu pedido para se sentar negado por jovens da minha idade.  Por diversas vezes ela me perguntou se ela não me incomodava, já que eu estava inicialmente com os fones de ouvido e a revista em mãos. É claro que respondi que não, o que de fato foi sincero. Ter sido a pessoa com quem uma senhora no alto de seus 77 anos de experiências a qual ela depositou confiança a ponto de mostrar a foto dos filhos e netos, foi deveras gratificante.

Ela me contou de tudo um pouco sobre sua vida.Me revelou sua idade que de fato me surpreendeu, quando parecia ter no mínimo 10 anos a menos e estava mais lúcida e vibrante do que eu, enquanto puxava suas próprias bochechas indicando que estavam saudáveis e cheias de elasticidade. Me contou sobre sua vida religiosa, e do tempo que é devota à sua crença. Me perguntou se eu também era adepta à religião, e eu disse que não - o que não a intimidou. Continuou a falar sobre suas experiências mais marcantes e até conversas com o padre de sua paróquia, que a aconselhou escrever um livro sobre sua vida - nessa hora eu me empolguei e fiz o mesmo que o padre, coloquei mais pilha na ideia. Contou-me também do amor que sente por São Paulo e pelo Brasil, já que é natural do Japão, e citando seu país, entristeceu-se com a situação recente dos habitantes do país submetidos aos desastres naturais. Ela confessou detestar a Liberdade - bairro paulistano que mantém a cultura oriental por descendentes e imigrantes japoneses há anos. Me surpreendeu mais uma vez ao contar sobre os 4 filhos e 11 netos, e foi aí que abriu sua Bíblia gigante  tirando uma das fotos de seus filhos e alguns dos netos. Quanto orgulho ela sentia deles!

Chegando ao meu destino, ela lamentou, abaixando as laterais das sobrancelhas, o que me fez querer continuar a viagem pra ouvir mais e mais histórias. Ela se despediu sorrindo muito, dizendo que adorava conversar com moças como eu (o que ela quis dizer com isso cabe à nossa imaginação) e que adorou me conhecer - ainda que eu não tivesse dito muita coisa diante de um livro em forma de gente.

Deixo registrado então um tapa na cara de quem não dá atenção aos "velhos" e os tratam mal por aí: OUÇAM-OS. Metade da experiência deles derruba sua grande sabedoria de míseros 20 anos em poucas palavras. E lembre-se: amanhã você será um deles.

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Sempre tem um lado positivo

Estou aqui, de frente pro meu computador, esperando vir alguma inspiração pro próximo post. Sinceramente, não tenho a menor noção de como começar e, muito menos, do que falar. Tô numa fase tão doida e confusa da minha vida que, de verdade, não tenho assunto bom e agradável para comentar. Sabe aquela semana do inferno astral, que todo mundo passa perto do aniversário e que depois vem a fase do paraíso astral? Então, meu aniversário já passou faz mais de um mês e eu to aí, esperando a parte do paraíso astral começar, porque olha tá complicado aqui viu?!

Acho que todos aqui já passaram por fases difíceis e chatas, e vai entender o que eu estou passando. Sabe aquele ditado 'má sorte no jogo, sorte no amor'? No meu caso, a má sorte tá em todos os lados da vida, não tem separação de amor, trabalho, jogo, estudos, tudo isso tá junto naquela parte de má sorte e a que tá na segunda parte é amigos, família e saúde (tem salvação pelo menos). A parte de estudos tá um porre, trabalho (que trabalho?) tá uma confusão e só decepção nessa área, amor eu prefiro nem comentar porque essa parte é a mais feia e doida de todas as outras...

Bom, não estou aqui pra contar as desgraças da minha vida (apesar de ter resumido elas acima). Estou aqui para falar pra vocês que toda essa parte ruim é compensada por pequenas alegrias, não só pra mim mas pra todos nós. Quando você acha que tudo vai explodir de vez, você consegue um bico pra pagar suas contas; ou quando você tá triste por qualquer motivo, vem um amigo ou alguém da sua família e te conta uma piada ou qualquer coisa que te lembre como é dar uma risada demorada. O que move o universo são essas pequenas alegrias, porque de desgraça o mundo tá cheio e mesmo assim tem gente rindo em todos os cantos, todo mundo já sofreu de amor e mesmo assim você olha pro lado e vê um casal apaixonado. Cair não é motivo pra desistir, e sim pra levantar com mais força do que antes.

Não quero dar lição de moral, e muito menos dizer a resolução dos seus problemas (até porque eu nem sei a resolução dos meus). Só estou aqui pra te lembrar que tudo, tudo mesmo, tem um lado positivo na vida. Na hora do desespero é difícil de ver, eu sei, mas quando se acalmar é só pensar melhor, que você vai perceber e vai ver que teve alguma coisa boa no meio de várias ruins, e são as boas que marcam mais na sua história.

"Bote um sorriso no rosto e pare de chorar. Chegou a hora de recomeçar e rever os seus sonhos e planos. O tempo não volta atrás, eu sei, mas o passado se desfaz como chuva de verão..." (Rub)

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Vamos colecionar?

A arte de colecionar, buscar várias coisas de uma determinada categoria e não sossegar enquanto não tiver tudo para poder apreciar. Selos, moedas, cartão telefônico (sim, eu já tive), cartão postal, papel de bala, folheto de cartomante, ingressos de cinema e shows, enfim, são os mais diversos tipos de coleções, sejam elas comuns ou estranhas, o que vale é colecionar. Todos nós já tivemos alguma coleção na vida, nem precisa ser a coleção, algo que completamos, somente coisas que juntamos para querer ter recordações ou porque era a mania do momento, como os tazos que vinham nos salgadinhos e os brinquedos do Kinder Ovo. 

Colecionadores profissionais, esses são os caras que correm atrás e fazem de suas coleções relíquias com grande valor, sentimental ou monetário. Eles colecionam desde coisas pequenas, como os selos de carta, até obras de arte, antiguidades, entre outros. Muitas dessas coleções podem parar em exposições, chegar no Guiness, ensinar história a muitos e encantar a todos. 

Mas vamos falar das coleções menores, aquelas que são extravagantes para alguns, besteiras para outros, mas não deixam de ser coleções e de serem importantes para quem as coleciona. Vamos começar com as mulheres, sim, mulheres que colecionam coisas que os homens não entendem. Vejamos as coleções de esmaltes, sempre me perguntam para que ter tantos esmaltes sendo que as cores são praticamente as mesmas e nós só temos um unha em cada dedo? Realmente não sei chegar a uma explicação do por que gostar tanto desses vidrinhos com substâncias coloridas que passamos na unha, mas é algo que eu realmente não consigo parar de comprar, a cada coleção, cada nova marca, sinto que necessito daquela cor para a minha coleção ficar completa. E olha, tenho que considerar que a minha prateleira contém poucos, com apenas 30 esmaltes considero uma quantidade  pequena diante da diversidade que existem por esse mundão.

Outra coleção que tenho grande interesse é de figurinhas. Sim, comprar álbuns de figurinhas e completá-los é algo que eu acho extremamente divertido. Me lembro da Copa do Mundo de 2010 que ganhei um e quase completei, faltando apenas 40, era uma ansiedade a cada pacotinho que comprava na expectativa de tirar aquela figurinha especial ou que faltava para completar uma página. E pra quem já colecionou, sabe que figurinhas repetidas nem sempre são um problema, mas sim uma oportunidade de ir a encontros de troca e conhecer pessoas novas que gostam da mesma coisa que você. 

Uma coleção interessante é a de garrafas de cerveja em suas grandes variedades, além de ficarem diferentes como decoração em casa, nos da o gostinho de experimentar diferentes tipos do produto com a desculpa de que só queremos a garrafa. São tantos os tipos de coleção que fica difícil citar todas, algumas são extravagantes, outras são humildes, pessoais, mas o que importa é se divertir e poder apreciar e guardar aquilo que gostamos. Queremos descobrir os mais diversos tipos de coleção, compartilhe conosco as suas!

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A busca da morte mais bela

 Em plena era das maiores modernidades que chegam minuto a minuto, desenfreadas às nossas casas e vidas, vemos crescer um problema já muito comum e lamentável à nossa volta: a busca cega pelo "corpo perfeito" ocasionada não só pelo narcisismo próprio do ser humano, que consiste na"paixão por si mesmo", mas principalmente por padrões impostos pelos canais midiáticos que mostram e impõem padrões de beleza inatingíveis, considerados ideais. Mas o que seria exatamente essa aparência ou corpo ideal? O que leva muitas pessoas a desrespeitarem sua saúde, o primordial, para ter o corpo de outra pessoa? O que as leva não aceitarem-se como são? Vale mesmo a pena esquecer-se da saúde deixando de comer, fazer diversas cirugias ou tomando remédios de emagrecimento ou para ganho de massa muscular, para assemelhar-se à imagem de uma pessoa que não existe?

A estética é a busca número 1 do ser humano, e isso não é de hoje. Mas quando isso passa a ser uma obsessão, passa também a ser uma doença das mais devastadoras, pois afeta o psíquico. Não há problema em cuidar da pele, da alimentação e consequentemente do corpo , mas que isso seja uma busca pelo bem estar pessoal, e não pela aparência modelo considerada mais linda do mundo por uma revista. As pessoas submetem-se aos mais absurdos procedimentos cirúrgicos e medicinais como esteróides e anabolizantes, ou shakes e pílulas emagrecedoras para enxergarem-se magros e fortes, mas esquecem que tais procedimentos, tidos de forma irresponsável, só poderá levá-los à distúrbios muitas vezes irreversíveis.

Doenças como anorexia (distorção da imagem corporal), bulimia (transtorno compulsivo alimentar) e a  amenorréia, causada nas mulheres após os outros transtornos anteriores (ausência da menstruação), além da vigorexia, em que as pessoas realizam práticas esportivas de forma fanática, sem instrução de um profissional e sem noção alguma das lesões a serem acarretadas; a ortorexia (dieta exacerbada de produtos naturalistas) entre outros problemas são os mais comuns.

O Narcisismo, citado lá em cima no primeiro parágrafo, também pode acarretar todas as doenças supracitadas. Em grande escala, essa condição tira o foco do indivíduo da sociedade e cria um mundo em que só ele deve ser o melhor, e que gira em torno dele. É considerado um trauma adquirido ainda na infância, muitas vezes pelos próprios pais, que são os primeiros modelos de pessoa que buscarão assemelharem-se. O indivídio nesta condição quer de todas as formas ser melhor que todos, e ter o reconhecimento por isso, e não suporta a ideia de ser submisso à alguém ou alguma coisa, precisa orgulhar-se todo tempo de si mesmo.

É preciso atentar-se à estes sinais, e oferecer todo tipo de ajuda. Essas doenças da atualidade são cada vez mais frequentes por imposições de toda uma cultura já instalada além das mídias, nas lojas de roupas que oferecem roupas de tamanho menor cada vez mais e o fácil acesso à clínicas de estética. É preciso instruir bem os profissionais que supostamente auxiliam estas pessoas para não passarem à elas este padrão de beleza inalcançável, frizando a maior consequencia de todas: a morte.

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Desafios de um estudante

Quando criança, tudo o que eu mais queria na vida era fazer dezoito anos pra finalmente conseguir minha liberdade, pois aí sim eu ia poder escolher e fazer o que achar melhor, sem pensar no que os outros estavam pensando e, finalmente, teria um emprego para sustentar todos os meus gastos e estudos. Independência era o sinônimo de maior idade, na minha cabeça. O que eu não levei em conta foi que: o mundo é feito por gente louca e contraditória. Você vai procurar um estágio e nas exigências está 'cursando ensino superior, inglês básico e com, no mínimo, um ano de experiência'. Agora me diz, como um estudante, com seus vinte e poucos anos, vai ter experiência de mais de um ano em uma área que ele acabou de começar a estudar?

De verdade, ainda não consegui entender o que passa na cabeça de um gerente quando vai listar o que procura em um profissional. Ou você é estudante, jovem e está atrás de aprendizado; ou você é um adulto, no fim da faculdade - ou cursando a pós- e está atrás de um emprego melhor. E nenhum desses dois se encaixam no perfil que a maioria das vagas de estágio pedem, pois uma pessoa com bastante experiência não vai aceitar um salário de R$700,00 normalmente, vão correr de um emprego com esse salário, isso sim. Já o estudante, que está a procura de qualquer-salário-que-ajude-a-pagar-a-faculdade, não consegue a vaga porque não tem experiência o suficiente, doido né?

Sim, entendo que hoje em dia fazer faculdade é a coisa mais comum que tem, e se você não o fizer já está excluído da vaga antes mesmo de saberem seu nome, e que, por isso, está tudo mais concorrido e mais difícil de escolher o candidato certo. Decidir qual profissional é o melhor pra sua empresa em poucas horas, realmente deve ser bem complicado, mas a pessoa que está julgando também tem que entender que o estudante provavelmente está nervoso e sem muita noção do que fazer, mas que, ao mesmo tempo, está com toda a disposição de ouvir e aprender tudo o que lhe será passado.

Não tenho as respostas certas pra esse problema, até porque eu sou um desses jovens que está a procura de estágio, que não tem experiência nenhuma na área e que tem uma vontade enorme de aprender tudo na prática, com alguns erros e puxadas de orelha mesmo, o bom é aprender errando. O jeito é continuar tentando, até encontrar uma empresa que arrisque contratar alguém inexperiente como você, mas que perceba o quanto você pode crescer e ser bom para ela, e ir guardando o máximo de aprendizado e dicas que colher nas entrevistas que passar. Sempre lembre-se que você já é diferenciado por estar cursando faculdade, e um sortudo por estar cursando algo que gosta, então o que vier pela frente só será lucro.

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Mundo Masculino: UFC

Chegou a minha vez de falar sobre assuntos que são considerados do mundo masculino. Aproveitando meu gosto por UFC e a estreia do The Ultimate Fighter Brasil, não poderia deixar de dar o meu pitaco sobre as lutas que os homens tanto gostam de assistir e tem grande repercussão no mundo. Apesar do pré conceito de que o evento em que duas pessoas ficam se batendo seja feito apenas para homens, as mulheres tem mostrado grande interesse nessa disputa que está cada vez mais interessante aos olhos femininos. Então, aqui estou para mostrar que luta não é coisa só de homem e que nós, mulheres, também gostamos de ver uma boa pancadaria.

Puxando na memória, me lembro do tempo do boxe como a luta dentro de um ringue. Nunca tive muito conhecimento sobre tal e nem busquei ter, tenho na memória alguns lutadores, como Éder Jofre que é considerado o maior nome do boxe brasileiro, e Popó que é da minha época e via na televisão quando vencia alguma luta. Parecia que esse esporte nunca teria grandes proporções no Brasil, era uma modalidade que chamava pouca atenção. Mas eis que surge o UFC em 1993, criado pelo brasileiro Royce Gracie.

O UFC começou a fazer sucesso rápido, mas recebeu críticas de autoridades por ser considerado muito violento, afinal seu slogan era 'sem regras' e só não eram permitidos mordidas e dedo no olho durante as lutas. O evento perdeu espaço, e passou por muitas reformulações. Na década de 90, os americanos compraram o evento e transformaram no que conhecemos hoje. Foram criadas regras e classes de peso para garantir uma luta mais 'saúdavel' e o slogan foi alterado para Artes Marciais Mistas (MMA). Tendo sempre brasileiros em destaque, a primeira luta exibida por um canal de tv por assinatura foi entre Vitor Belfort e Chuck Lidell, em 2002 pela Fox Sports.

A recuperação real do sucesso nos Estados Unidos, começou após a estreia do reality show The Ultimate Fighter, que teve na final Forrest Griffin x Stephan Bonnar, considerada a luta do ano. Daí, foi um passo para o evento ser conhecido em vários países, sendo exibido em 36 países atualmente.

Um dos grandes destaques é Anderson Silva, que você com certeza já ouviu falar, mesmo não acompanhando esse mundo. Especializado no muay thai, o lutador é o atual campeão do peso-médio e carrega um grande número de vitórias na sua carreira. Desde que entrou no UFC, Spider, como também é conhecido, acumulou 35 lutas, obtendo vitória em 31 uma delas, sendo 17 por nocaute. O lutador é patrocinado pelo Corinthians, o que trouxe a rivalidade dos campos de futebol para o octógono, mas de uma maneira saudável até o momento. Com um jeito provocativo de lutar, Spider foi um dos grandes motivos do esporte ser tão almejado hoje no Brasil e é um grande ídolo do UFC no país e no mundo.

Mas ele não é o único destaque no UFC,  afinal nós temos muitos lutadores nas diversas modalidades e que representam muito bem o país dentro do octógono. Escolhidos para serem os treinadores do The Ultimate Fighter Brasil, temos com exemplo Vitor Belfort e Wanderlei Silva. Os dois irão treinar os participantes do reality show que estreia no dia 25 de março. Serão 32 participantes divididos entre os times de Belfort e Silva, que se enfrentarão entre si mediante as suas categorias. A final promete ser uma luta em São Paulo, ainda sem local definido, mas que deverá ocorrer no Estádio do Morumbi no dia 23 de junho. O card terá outras lutas, com destaque para a disputa entre Anderson Silva e Chael Sonnen.

Essa é a chance de o esporte crescer ainda mais no Brasil e mostrar que temos muitos lutadores bons que ainda estão para surgir. O programa será exibido pela Globo, que mantém os direitos de transmissão do UFC no Brasil, o que é uma pena, já que a emissora não dá o devido espaço em seu canal para exibição das lutas. Para quem tiver interesse em assistir as edições, pode assinar o pay per view Combate.

Se você não conhecia e gostou, ou simplesmente quer saber mais informações, recomendo o site oficial do UFC que traz a lista de todos os lutadores, divididos por categorias, as regras das lutas, enfim, uma aula teórica completa do evento. Mas se você quer sentir mesmo o que tudo isso apresenta, só assistindo uma luta, seja pela tv ou ao vivo, e sentir toda a expectativa que esse espetáculo envolve.

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Desventuras em série

São Paulo, sexta-feira, última da semana do feriadaço de Carnaval. Expectativa a pino para a viagem pro interior com nada mais nada menos que dois ônibus cheios de amigos e desconhecidos, marcada há meses para aquele final de semana - o derradeiro antes de iniciar o ano de fato. Dia propício pro trabalho dobrar durante o dia, e atrasar tudo pra tão empolgante viagem. Como em todas as coisas que me proponho a fazer e lugares a ir, cheguei atrasada no ponto de encontro, mas ainda a tempo de embarcar em tão louca - e boa - experiência. Em um veículo sem nenhuma tantas modernidades, fomos.

Baderna costumeira dentro do ônibus, que nem sentimos o tempo passar durante pelo menos metade do trajeto. Até chegarmos na estrada de fato, tudo estava na mais perfeita paz e controle. Só nos damos conta da viagem mesmo quando notamos as infinitas árvores que povoam os lados esquerdo e direito da também infinita rodovia. Conversa vai, conversa vem, bebe uma água aqui, come qualquer coisa ali... todos calmos e felizes até vermos o motorista entrando em perímetro urbano, e passando pelo mesmo lugar, por diversas vezes. Até aí, tudo OK. Já imaginava que, eu estando na jogada, atraso seria o lema até na chegada ao destino. E não é que uma viagem de normalmente 4 horas de duração, com parada, se transforma numa de quase 6h, SEM parada? Eu disse SEM parada. Com isso, chegou a vez da parte fisiológica me chamar: eu precisava, mais que todos ali e em toda face da terra, liberar o que chamam de número 1.

Com pedidos descontraídos de "aguenta mais um pouco, já estamos chegando!", eu suportei esse "mais um pouco". Mas estamos falando de MIM, parceira do Murphy. Então, enquanto esses minutos se passavam, recebemos a bela notícia de que estávamos perdidos de novo; e no meu pensamento eu realmente queria esperar até chegar ao local pra correr para o WC. Mas o organismo é impaciente e apelou: pararam o ônibus para que eu liberasse todo líquido existente em minha bexiga. Ali, à beira-de-estrada, como sempre falei de pés juntos que jamais um dia o faria. Como diz um amigo, "pobre soberba". Se existia alguma empáfia característica de minha personalidade, caiu ali.

Depois de esvaziar uma bexiga aflita no meio do nada, seguimos viagem. Voltas e mais voltas depois, paradas em postos de gasolina macabros e escuros para pedir informações, com direito à estrada de terra e ponte de madeira, chegamos! Até ali, nada poderia ser pior que liberar meus líquidos na estrada. Pois é, poderia. O que era pra ser terra e grama, era água e lama. Havia chovido torrencialmente ali enquanto fazíamos um tour por lugar nenhum, o que só mais tarde nos fez pensar e dar conta que tudo isso só nos livrou de tomar a baita chuva. Atolamos os pés na lama e curtimos os últimos minutos antes de dormir deitar por algumas horas, sabendo que foi até bom termos dado umas voltas em 'tão tão distante'.

OBS.: Este foi o relato de uma prima minha. Imaginem se um dia eu faria xixi na estrada.. me poupem.

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Homeland - As duas faces da verdade

Mais uma série chega ao Brasil para a felicidade das pessoas que, assim como eu, trocam todas as novelas brasileiras para acompanhar mais de sete temporadas assiduamente, sem perder nenhum episódio. A novidade desta vez é Homeland, que estreou no último domingo no FX e será exibido semanalmente às 22h.

Vencedora do Globo de Ouro 2012 em duas categorias, melhor atriz com Claire Danes e melhor série dramática, Homeland traz a história de um fuzileiro americano, Sargento Nicholas Brody, que após oito anos prisioneiro na Al-Qaeda e considerado morto, foi resgatado. A trama gira em torno de uma informação que a agente da CIA, Carrie Mathison, conseguiu durante sua operação no Iraque, de que um prisioneiro americano se converteu ao terrorismo e iria atacar os Estados Unidos, e seu principal suspeito é Brody. 

No melhor estilo drama e suspense, o primeiro episódio, exibido dia 4 de março, já me agradou. Ela te prende, mas ao mesmo tempo já da indícios de que a suspeita de Carrie são verídicas,  mas sem deixar transparecer o porque da conversão do fuzileiro. Confesso que antes do Globo de Ouro apresentei interesse em assistir a série quando vi a chamada no FX, mas as críticas em torno dela são tão boas que me fez ter mais vontade de acompanhar e ainda tem a facilidade de ser exibida nas noites de domingo, que normalmente não tem muita coisa interessante para se assistir. 

Espero eu que toda a espera para chegar ao Brasil, já que a série é exibida desde outubro nos Estados Unidos, valha a pena. Para quem não tem tv por assinatura, ou simplesmente perdeu o primeiro episódio, a primeira temporada está disponível para download na internet. Mais informações sobre, podem ser encontradas no site do FX, também pode se encontrar os horários de reprise.

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À mulher!

Inspiradoras. Sensíveis e ao mesmo tempo fortes. Sonhadoras. Firmes. Mutáveis. Há tantos adjetivos para descrever a mulher! E ainda se juntássemos todos eles, não conseguiríamos pontuar  todos os super-poderes de cada uma de nós. De sexo frágil e submissa, à líder e independente, a mulher conquistou ao longo do tempo, um espaço na sociedade admirável, e cada vez mais se mostra indispensável no desenvolvimento da sociedade como um todo.

A mulher representa graça e luz em um lugar. Em um ambiente predominantemente masculino nós conseguimos, só com a nossa presença, fazer uma notável e importante diferença. Somos como flores no deserto, que ainda que nossas raízes estejam enfraquecidas, conseguimos captar das nossas fontes de energia crescimento suficiente que nos mantenha de pé.

Nada como ouvir dos homens o quanto somos importantes, certo? Não que isso seja vital à nossa sobrevivência, pelo contrário. Mas ver o reconhecimento de nossa força e o preenchimento que oferecemos às fraquezas deles por eles mesmos, só nos permite desprendermos ainda mais de velhos tabus e paradigmas que nos limitam e nos retrocedem.

O site Vírgula do Portal UOL listou hoje 50 músicas que levam o nome de mulheres. Confira minhas 5 favoritas dessa lista, algumas que marcaram meus poucos 20 anos. A completa você vê AQUI.

1. Anna (Go to him) - Beatles

2. Beatriz - Chico Buarque

3. Regina Let's go - CPM 22

4. Ana e o mar - O teatro Mágico

5. Helena - My chemical Romance

6. Katy too - Johnny Cash (Ok, eu sei que essa não tá no Vírgula, mas não podia faltar uma dele na minha lista! rs)

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

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Sobre o amor

Amor, um sentimento tão puro e especial, que acolhe tantas formas de gostar de alguém. O amor não tá nem aí pra raça, pra crença ou pro sexo, ele só quer saber de entregar esse sentimento pro outro. É o mais egoísta de todos os sentimentos, e, também, o que mais se encaixa em diversas dificuldades e ocasiões inesperadas. Não há um ser humano que entendeu o amor completamente, e acho que não terá, até porque a magia desse sentimento é não entendermos por inteiro, é tentarmos desvendá-lo constantemente.

Você pode amar tanto uma pessoa a ponto de doer todo o seu corpo, e seu coração querer saltar do peito quando pensa nela, ou querer tanto estar perto dela que só consegue pensar nas maneiras de fugir do trabalho - ou de qualquer lugar que a pessoa não esteja - pra poder abraçá-la e sentir seu cheiro. Não tem como explicar direito, só quem já amou alguém (e é louco o suficiente pra assumir) sabe o que é isso, são sensações estranhas, felicidades momentâneas, tristezas exageradas, risos inesperados quando vem alguma lembrança dos dois juntos. Tantos detalhes, coisas pequenas que se tornam tão especiais com o tempo, cada sorriso, cada elogio besta, até os xingamentos de brincadeira, tudo. Todas essas coisas insignificantes, cada coisinha dessa, só é especial de verdade quando tem aquele sentimento no meio, sabe? O amor. Sem ele nada dessas coisas banais seriam inesquecíveis, poderiam ser lembranças agradáveis sim, mas qual a graça se não foi feita do lado de quem se ama?

Esse sentimento coloca beleza em tudo, faz você pensar mais no outro do que em si mesmo. Sua felicidade não importa mais, e sim ver o sorriso da pessoa, saber que ela está bem e satisfeita faz toda a diferença agora. E não importa se ela está com você ou com outro, o amor de verdade corre atrás sim, mas sabe quando o melhor pra outra pessoa é não estar com você, e ao mesmo tempo não perde a esperança de tê-la de volta. É um punhado de confusão, junto com alegria, uma pitada de dor, e muitos abraços carinhosos, tudo junto em uma pessoa só.

"Hoje tão longe de você

Percebi que amar não é sofrer

Todos os planos que fizemos, o tempo que vivemos

Nem a borracha do tempo conseguirá apagar

Não é um mero sentimento

O que sinto aqui dentro

É algo que me faz te querer bem

Mesmo estando com um outro alguém

O tempo é senhor de tudo

Espero que volte para o meu mundo

Mas se isso não acontecer

Lembre-se, em um canto do meu coração guardo você." 

(Bruno Cauê)

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Ousar

No último final de semana, viajei pro interior com amigos pra um acampamento. Desde o momento que saímos de São Paulo, até a volta, o tema e aprendizado geral foi: OUSAR. Com essa palavra, geralmente já imaginamos que se trata de tomar atitudes impensadas, e até mesmo inconsequentes em busca de algo que consideramos importante. Mas na prática, depois de aventuras inesperadas e surpresas agradáveis na viagem, percebi e entendi que a ousadia é algo que vai muito além disso.

No dicionário, encontramos que ousar é, além de verbo transitivo, é "tentar, empreender com coragem, com audácia; Atrever-se, ter o desplante de". Sabemos que ousar é dar um passo no escuro, rumo ao desconhecido, e com isso geralmente carrega consigo o kit medo e dúvida. Nos sentimos sempre muito confortáveis na situação que estamos, seja ela boa ou até ruim. Pensar em ousar de alguma forma, causa espanto e insegurança. Mas esquecemos que, mesmo quando tentamos acertar, a possibilidade de errar nunca é descartada. Então, por que não apostar no novo?

Ficamos estagnados com um determinado status, ou situação, e simplesmente aceitamos passivamente o que nos acontece. Não temos coragem de mover uma palha para mudar, justamente por que essa tentativa pode dar errado. Perdemos momentos ou pessoas que precisam e esperam atitudes novas e de coragem, e com isso, em nada agregamos ou fazemos a diferença à esses momentos e principalmente à nós mesmos. Vale ressaltar que em nada se assemelha ser ousado e ser irresponsável. A ousadia está atrelada à inteligência, e não se define por decisões imediatas e insensatas: pelo contrário.

Se soubéssemos que a ousadia, levada à sua devida proporção, pode nos oferecer muita experiência, e ao seu lado sabedoria, e que coragem é exatamente ter medo, mas enfrentá-lo mesmo assim.. Ousar não significa ter certeza de obter sucesso. É uma aposta sem garantias que nos desprende de paradigmas que não queremos quebrar por comodismo. Cabe a cada um mensurar o quanto se deve e quer ousar, para que apenas essa atitude seja benéfica e não frustre expectativas, ainda que não resulte no que é aguardado.

Uma frase do lendário Chaplin resume: "Perca com classe, vença com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve."

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Os verdadeiros

Nesses últimos dias eu tive provas concretas de como os amigos de verdade aparecem sempre nas horas difíceis, nos momentos em que você mais está precisando de uma palavra pra te consolar, por mais que seja apenas um 'vai dar tudo certo'. Passei por um momento de decepção teoricamente simples, mas que, pra mim, foi extremamente difícil e triste. De repente o chão sumiu dos meus pés, e eu não sabia como seguir em frente. Foi aí que apareceram palavras amigas de pessoas que eu não imaginaria e, como sempre, das pessoas que eu tenho a certeza de que nunca sairão do meu lado. E essas palavras, aparentemente simples, ajudaram muito na minha volta a lucidez. Obrigada a todos, vocês sabem quem são.

Quem já esteve em situações ruins sabe do que eu to falando, tem horas que você não quer nada além de um abraço e alguém te dando a certeza de que tudo vai se resolver. E só quem te conhece muito bem sabe disso, ou aqueles que se importam mesmo com você. Não estou dizendo que só os que fazem algo por você naquele momento são os que gostam de você de verdade, não é só de um momento difícil que se faz uma amizade. Há tantos momentos e "provas" que uma amizade verdadeira passa, e você vai percebendo quem são os verdadeiros, ninguém precisa te dizer isso.

Amizade não é feita de megas declarações e provas de amor, a amizade só precisa de pequenos atos. Seu amigo só quer ter a certeza de que pode confiar cegamente em você, que pode contar com seu apoio nas escolhas - mesmo que erradas-, e que você vai dizer todas as verdades e conselhos que ele precisa saber. São coisas tão banais que a maioria não dá importância, mas são elas que fazem uma amizade boba se tornar aquela amizade de anos e anos, que você vai contar pros seus netos e se emocionar ao lembrar. Então, não deixe de estar do lado daquele seu amigo nos momentos de alegria dele e, principalmente, não deixe de estar do lado dele quando precisar. Não precisa de muito, só falar um "qualquer coisa grita, que eu estou aqui" já ajuda muito, vai por mim!

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A fatídica arte de fazer malas

Aproveitando o ensejo do momento pós-carnaval, folga, feriado, e logo, viagens, parei pra pensar na arte de fazer malas. Sim, ARTE. Só mesmo sendo um artista pra escolher exatamente o que usar no lugar de destino e colocar sincronizadamente dentro de um fardo. Não conheço um ser humano na face desse globo que seja apaixonado por sair fazendo um catado de coisas em casa e dando um jeito de tudo isso caber num cubículo. Porque, pra mulher, sempre será um cubículo, não importa o tamanho da mala e não importa quanto tempo passará fora. Nossa trupe curte mesmo levar a casa toda quando sai, tornando a arte mais difícil e chata possível. Sei que muitos concordarão que fazer mala é um porre, seja você homem ou mulher - salvo as exceções.

Vamos por partes. Ter que pensar na roupa que vai usar em outro lugar e em outro dia é tarefa pra gênios e mitos gregos. Eu sempre começo a fazer minhas malas pensando nas maiores coisas que vou levar: cobertor, lençol, fronha (mesmo se não rolar levar o travesseiro), toalhas e afins. Seja pra viagem de uma semana, seja pra um final de semana: eu levo cada item citado, sim. É uma embolação de pano pra caber mais umas três (ou mais) pilhas de roupas, que, meu amigo... cada pilha consiste em uma blusinha pra cada bermuda, uma camiseta pra cada calça, uns dois pijamas diferentes e um calçado pra cada par de roupas - e esses, são por último. Socados. Só quero morrer com moças que querem levar 2 ou mais havaianas na mala (né, Samara Roque?) Se é pra levar a sapateira toda, que seja um par de cada, não dois do mesmo, me fiz clara?

Aí vêm as minimalices. O que era pra ser simples, vira uma equação. Todo tipo de acessório É válido. Sempre que viajo, tenho a impressão (ou a certeza, como queiram) de que esqueci de colocar alguma coisa, nem que seja aquele brinco que a vovó deu. Aí, entra mais uma maletinha com todo penduricalho inútil que tiver em casa, "vai que precisa, né?". No momento de levar os itens de higiene pessoal, é possível verificar um vazio na prateleira do armário. De cotonetes à lixa de unha, tem creme até pra frieira na necessáire.

Pro homem é o seguinte: Uma cueca pra revezar, bermuda que tá no corpo, duas camisetas, o chinelo que está no pé e o óculos de sol que já na cabeça. Ok, exagerei. Faltou a escova de dentes. Precisa de mais?

Seja o tamanho que for, nada pode ser mais "mala" que fazer mala.

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A festa não pode parar

Carnaval, a festa brasileira almejada por todos e conhecida pelo mundo inteiro. Venho de uma família carnavalesca, onde se respira carnaval e se aguarda ansiosamente por essa data onde temos desfiles, foliões, axé e samba, muito samba. Já fui ao sambódromo, acompanhei a saga de familiares que desfilaram na avenida, até tenho uma escola para torcer, mas nunca cai nos encantos da folia. Não sou fã, mas também não chego a abominar o carnaval a ponto de desejar que essa festa acabe, afinal existem pessoas que vivem disso e elas tem direito de curtir o que gostam.

Onde tudo era pra ser festa, nem sempre é assim. Acompanhamos na última apuração de votos das escolas de Sâo Paulo, atos de vandalismo e desrespeito diante de um evento onde era para tudo ser alegria. Sim irei falar da confusão, da babaquice do componente da Império de Casa Verde em roubar e rasgar os votos, e do vandalismo da Gaviões da Fiel ao destruir placas de proteção, ajudar na desordem e colocar fogo em um dos carros da Pérola Negra, e antes que alguém fale algo, não estou crucificando por ser uma escola que tem a imagem ligada ao Corinthians, e sim por sempre vermos esses atos de uma torcida que não sabe perder.

Desfile da Mocidade Alegre

Já cansamos de ver este tipo de comportamento, especialmente no futebol, mas chegar a tal ponto foi um ridiculo. A  maioria que estava ali trabalhou durante o ano inteiro para colocarem suas alegorias, fantasias e seu samba na avenida e tentar conquistar o título, mas nem por isso fizeram tal anarquia por estarem sendo rebaixados ou ficarem uma colocação abaixo. Ouvi uma integrante da Camisa Verde e Branco reclamando no ônibus por sua escola ter sido rebaixada, enquanto outra que era nova e não tinha peso no nome (sim, ela se referia a Dragões da Real) levavá notas melhores e se mantinha no grupo especial. Talvez ela, que acompanhe e goste tanto de carnvala, não veja que as notas são dadas a partir do melhor trabalho apresentado no sambódromo e não pelo nome e anos de existência que a escola carrega. Se a Camisa e Peróla foram rebaixadas foi pelo fato de seu desfile não ter atendido aos quesitos básicos para vencer, ao contrário da Mocidade Alegre que foi perfeita e levou o título de campeã 2012.

Pessoas assim, que não sabem perder e que fazem do carnaval algo abominável, deveriam ser banidas. E as escolas que tinham componentes envolvidos? Deveriam ser punidas e não desfilarem no próximo ano. A festa toda não pode ser julgada por causa de meia dúzia de pessoas que não tem noção do que é carnaval.  Como já disse, não sou fã, vejo o carnaval pelo feriado que ele nos proporciona, mas não quero ver essa festa banida por atos de estúpidos de terceiros.

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A publicidade e seus comerciais

Quem nunca se pegou com uma música na cabeça de algum comercial que viu na televisão? Ou falando alguma 'gíria' que foi utilizado. É, a publicidade tem este efeito, nos apresenta e infiltra tal produto em nossa mente que faz termos, inconscientemente, desejo de obtê-lo. E os publicitários ao lerem isto, devem estar me xingando diante de seus computadores, mas isso não é uma crítica e sim, apenas minha visão do assunto, afinal a função da publicidade é 'vender' o produto que apresenta.

Mas não vim até aqui falar o lado consumista que a profissão nos induz, mas as artes que inseri na  nossa vida e que ás vezes se tornam 'inesquecíveis', como o comercial do Dollynho, odiado pelos publicitários, mas que gruda que nem chiclete e todos sabem de cor e salteado. Eu sei, peguei pesado, 'mas vamos falar de coisa boa, vamos falar de Tek Pix' - quem nunca disse isso que atire a primeira pedra. É isso, a publicidade faz parte das nossas vidas, e por mais que ela nos irrite ocupando mais de 10 páginas em uma revista antes de chegar uma matéria e entre no meio da parte mais interessante do filme, não saberiamos como seria o mundo sem, afinal precisamos dela para a divulgação.

A partir de tudo isso, deicidi eu, jornalista em formação, homenagear os nossos colegas de área selecionando alguns comerciais que sempre serão lembrados. Para começar, o comercial ícone da publicidade, que todos almejam, o do primeiro sutiã Valisére. Tá, acho que sou a única a não ver graça nele, mas não vou julgar, pois não sou da área (deixe comentários me explicando o por quê desse amor todo). 

Mas vamos falar dos que são ícones para o  público em massa, como os comerciais do Bombril, onde o garoto propaganda é inconfundível. Ou o comercial em que um garotinho tenta hipnotizar as donas de casa com a frase: compre Batom. Ainda temos comerciais da Net com o skavuska, da Seara com Neymar e companhia dançando 'Single ladies', da Coca-Cola e seus ursos polares, da Tang ao lançar o suco com 'espuminha' e os limões da Pespsi Twist, enfim são tantos que fica difícil de lembrar todos que fizeram sucesso na televisão brasileira.

Não é só de comerciais que vive a publicidade, então para encerrar este assunto, queria compartilhar com vocês um vídeo com as melhores publicidades impressas. São tiradas muito inteligentes, que só os publicitários com a sua criatividade poderiam criar e apresentar o produto de uma maneira diferente para atrair o público. 

Comente e compartilhe conosco os comerciais  mais marcantes para você.

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Mundo Masculino: Carros antigos

Queridos leitores, inicio hoje com muita honra e alegria uma nova etapa do blog em que teremos mensalmente um post com o tema "Mundo Masculino", falando sobre tudo e qualquer coisa que homem gosta, mas sempre na nossa visão e com direito aos nossos pitacos. Esperamos que gostem e participem também deixando sugestões, dicas, críticas ou qualquer comentário que vier aos dedos!

Vou listar hoje aqui um "Top 3" carros antigos e clássicos da história, que marcaram suas épocas e fazem grande sucesso até hoje entre colecionadores e admiradores. Lembrando que existe uma linha tênue entre carro antigo e carro velho. Não confundam, ok?

 

Ford Model A (1927–1931)

Este é um super clássico lançado em 1927, tido como um dos mais luxuosos fabricados pela Ford, na época, chegando para substituir o modelo "T", em linha por 18 anos. Um modelo com esse nome saiu em outubro de 1927 em três cores, menos preto, mas não vendeu. Relançado em fevereiro de 1929, um milhão de modelos foi vendido, e em Julho, dois mi. Até 1931 foi sofrendo alterações até chegar a este modelo da foto. Só os poderosos o tinham. Como adendo, foi o carro que levou minha irmã até o local do casamento. É incrível por fora e dentro é cheio de espelhos. Lindo!

Galaxie Landau 1982

Pra ver esse modelo nem precisa ir muito longe ou esperar por feiras de automóveis. Mais um modelo da Ford (sim, tenho uma queda por carros da Ford até hoje!) o grande e charmoso Landau foi feito no Brasil de 1967 a 1983 e não só encantou a todos na época de seu lançamento como ainda pode até ser visto nas ruas como um carro popular de nossos tempos. Mesmo sendo um típico sedan "tiozão", digo pra vocês que já vi vários garotos dentro de um, e olha... fazem o maior sucesso!

Cadillac Eldorado

Falou em riqueza, fineza e status, falou em Cadillac. Lançado e relançado durante várias gerações, o Cadillac da GM é sinônimo de poder e muito, mas muito estilo. É disputado até hoje nas feiras de automóveis por colecionadores e foi um dos carros mais caros vendidos no EUA quando lançado. Por ser um modelo considerado "único", teve apenas 532 unidades fabricadas, e uma delas utilizada pelo presidente Dwight Eisenhower no dia de sua posse. Além de ser presença garantida em filmes de época em que o mocinho é o cara mais disputado da cidade.. É ou não é de encher os olhos?

Ainda tenho em mente vários outros clássicos e lindos carros da história, como os da Chrysler, Mercedes-Benz, o Dodge Charger e o querido Maverick, mas que vou deixar pra outro post. O Mundo Masculino volta dia 15 de Março, com a Samara. Acompanhem!

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O hábito de ler

Ler. Um hábito que deveria ser seguido por todos, sempre. O prazer de pegar um livro e folhear suas páginas, enquanto se imagina a história que ali está sendo contada, é algo que não tem preço. A leitura instiga nossa imaginação e nos leva aos lugares mais malucos, mágicos e diferentes. Nos faz ter vários sentimentos em poucos minutos, nos faz rir, chorar, ficarmos curiosos, criar um suspense no ar e a cada palavra lida, só temos vontade de ler mais e mais para sabermos o que irá acontecer e qual será o final daquela trama toda.

Baseada nessa minha paixão por livros, decide apresentar alguns que já li ao passar dos anos para aqueles, que assim como eu, gostam de uma boa leitura. É difícil fazer uma seleção dos melhores, já perdi a conta de quantos cheguei a ler desde que aprendi a juntar as letras e formar palavras, mas tenho dois preferidos que vale a pena dar uma olhada quando tiverem tempo.

Muito mais que um livro, Grau 26, de Anthony E. Zuiker, traz um nova interatividade durante a leitura. Um suspense policial que conta sobre um serial killer, Sqweegel, que de tão minucioso e diferente, foi classificado com um novo grau de assassino nunca visto antes. Suas vítimas são pessoas aleatórias e seus métodos de tortura e morte não seguem um padrão. No decorrer da história você vai recebendo senhas para acessar um site e ver filmagens do livro. Isso mesmo, você assiste a pequenos filmes que mostram cenas do que está acontecendo. Uma maneira de aguçar ainda mais nossa imaginação e fazer ficarmos ansiosos para chegarmos a próxima senha. Uma leitura mais que recomendada e que ainda conta com um segundo livro, 'A Profecia Dark'.

Se você gosta de enigmas e uma história que a cada página te surpreende mais, recomendo Velocidade, de Dean Koontz. A trama se passa em torno de Billy Wiles, um homem pacato que começa a receber bilhetes, onde dizem que suas ações irão definir entre duas vítimas predestinadas a morrer. Ao perceber que não é uma brincadeira, como havia imaginado, Wiles começa a correr contra o tempo pra descobrir quem é o assassino. Confesso, que no início achei que a história seria morna e a leitura seria chata, mas ao continuar percebi que isso mudava e este acabou sendo um dos livros mais envolventes e emocionantes que já li. Recomendo aos 'detetives' de plantão, que sempre fica deduzindo o que irá acontecer na próxima página.

Sei que este não é um gênero que atrai a muitas pessoas, mas particularmente foram os dois melhores que já cheguei a ler. A partir de hoje, trarei pequenas resenhas sobre livros que eu venha a ler durante o ano, compartilhando minha opinião e indicando à vocês. Peço também que compartilhem conosco suas leituras, sempre são bem vindos novos títulos para a nossa prateleira. Uma boa leitura à todos.

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Os anos passam

É minha gente, os anos realmente passam rápido. Estou aqui à dois dias do meu vigésimo segundo aniversário, pensando quando foi que os meses começaram a pular dessa maneira! Parece que foi ontem que eu estava contando os dias pra fazer meus dezoito anos, imaginando a liberdade que seria poder entrar nas baladinhas, comprar bebida alcoólica, sair sem ter que dar satisfação pra ninguém, tirar a carta de motorista... resumindo, tudo o que um "adulto" faz! E ai a gente chega na idade da libertação, e o que muda? N-a-d-a! Sim, consegui comprar bebida e entrar nas baladinhas sem problemas, mas o resto não mudou em nada. De verdade, continuei dando satisfação pra minha mãe (o que é o certo - sei disso hoje), não tenho carta de motorista, muito menos fiquei livre pra vida. É engraçado porque colocamos uma expectativa tão grande em uma idade, em um ano, e que depois daquela data tudo vai mudar. E quando chega a tão esperada data estipulada, você não tem a menor noção do que fazer! Fica totalmente perdido!

O que eu aprendi nesses anos entre minha "idade da liberdade" até hoje? Sinceramente, muito, não pensava que ia viver tantas coisas diferentes em apenas quatro anos. Mas o que eu mais aprendi, foi que não adianta estipular datas para as coisas da sua vida mudarem, você tem que correr atrás disso no momento em que tiver vontade. Eu sei, é muito gostoso ficar imaginando que 'quando chegar nos 30 pretendo estar casada e com dois filhos' ou 'quando fizer 20 vou estar morando sozinha e cursando uma faculdade legal', eu faço isso também (tenho planos pros 25 anos) e não sei como parar de fazê-los, mas tento não basear minha vida nessas datas. O truque de toda essa parada é deixar a vida levar - já dizia Zeca - no tempo dela e do jeito dela! Vai por mim, que sem planos acaba sendo mais divertido...

E o que eu pretendo mudar nessa fase nova da minha vida? Não tenho ideia, só sei que vou preservar as coisas boas que estão acontecendo nesse comecinho de ano. Porque, de verdade, meu aniversário está com ótimos motivos para comemorar. Muitas coisas novas, estou bem na faculdade e aprendendo a escrever direitinho até (né?). Quando novas oportunidades aparecerem eu penso no que fazer, no que mudar e no que melhorar. Hoje só quero pensar nos preparativos do meu dia especial! rsrs

"Hoje é meu aniversário, corpo cheio de esperança. Uma eterna criança, meu bem. Hoje é meu aniversário, quero só notícia boa. Também daquela pessoa, oba. (...) Quero paparicações no meu dia, por favor. Brigadeiros, mantras, músicas. Gente vibrando a favor." (Vanessa da Mata)

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Uma nova chance

Segunda-feira, dia de volta ao trabalho. Dia perfeito para o ônibus passar 10 minutos mais tarde do horário de sempre, me atrasando. Mesmo dia também que a  moça que faz a limpeza usualmente na empresa precisou ir ao médico, e seria assim substituída por outra pessoa. Diretamente do Grajaú (pra quem não conhece, é um longíquo bairro de São Paulo) uma senhora de uns 55 anos aproximadamente, tímida e muito, mas MUITO humilde, chegou mais cedo que eu - que abro a empresa antes das 7h e moro a 20min. Perguntei o nome dela e inaudívelmente ela me respondeu, sorrindo. Se chamava Elizelba, só descobri depois. Mas mais surpreendente ainda foi o que eu descobriria mais tarde.

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Na hora do almoço, me sentei à mesa da cozinha sozinha pra comer, como de costume. Elizelba, sorrateiramente, senta-se à minha frente, e começa a falar comigo. Sobre qualquer coisa. Até chegar em um assunto muito interessante: me contando sobre seus trabalhos de limpeza anteriores, ela me disse que achou fácil ter vindo do Grajaú para a empresa por já ter trabalhado no Aeroporto de CGH, logo em frente, e começou a me contar de um "mero episódio" enquanto ali estava. Acredito que ela era de uma empresa de limpeza que prestava serviços para a TAM. Certo dia, em um dos prédios da companhia aerea, ela recebeu uma chamada no seu rádio com um pedido para que limpasse uma aeronave no aeroporto. Ela foi. Minutos depois, um barulho ensurdecedor e muitos gritos. Elizelba  acabara de sair do prédio que caiu o Airbus A320, acidente que tomou proporções internacionais, um dos piores já vistos. Por minutos, ela seria a 200ª vítima do acidente.

A foto mostra mais ou menos o ângulo que Elizelba acompanhou tudo, a olho nu, adicionando o fato de ver sua amiga de trabalho  em desespero na janela do prédio em chamas, que sem socorro, se jogou pela janela, como tantos outros.

Relatei isso aqui porque ainda me impressiono todos os dias quando passo em frente ao local do acidente. Me impressiono mais ainda em lembrar das imagens, e por ter me colocado no lugar dela. A vida pode oferecer uma nova chance, mas nunca poderemos contar com ela. Aproveitemos o máximo tudo o que vier, seja amor, ou seja dor, agradecendo sempre pelo simples fato de estarmos vivos. 

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Sobre tatuagens

Sei que é estranho (pelo menos pra mim) falar sobre preconceito com pessoas que tem tatuagem em pleno século XXI. Nunca passei por nada parecido até hoje, claro que em conversas sobre emprego sempre havia a frase 'não dá pra ter uma tatuagem na mão ou no pescoço, nem aquele desenho de caveira em local visível porque não vou conseguir um emprego'. Porém, eu realmente não acreditava que isso poderia ser verdade em certas profissões, é verdade que na área da saúde ou advocacia algumas pessoas podem achar estranho uma tatuagem nas mãos, mas mesmo assim eu acho que é só uma questão de costume. O que tem de mal em você demonstrar sua arte? 

Como disse, achava remota a possibilidade de preconceito em relação a isso hoje em dia, mas andei conversando com alguns amigos, lendo sobre pessoas que já sofreram preconceito e reparando que no meu ambiente de trabalho não existem pessoas com tatuagens visíveis. Foi então que comecei ter a preocupação de pensar no que os outros vão achar dos meus desenhos, se eles vão me tratar diferente por eu expor algo que acho bonito,  se vão me marginalizar por eu ser diferente. É um sentimento muito estranho, tenho que confessar, e se preocupar com o emprego por causa disso é mais estranho ainda.

Não vejo a tatuagem como um simples desenho feito no corpo, é algo além disso, é uma forma de expressar o que sinto, de deixar marcado na minha pele o que foi importante na minha vida. Não sei se você, que não tem tatuagem, vai conseguir entender o que eu estou dizendo, mas é um sentimento que só um tatuado (ou alguém que queira muito fazer sua primeira tatuagem) sabe. Será mesmo que só por termos desenhos no corpo, somos mais revoltados com o mundo? Só por causa de uma tatuagem devemos ser considerados um "perigo" para a sociedade? Ou até mesmo que somos menos competentes do que os não tatuados? Não há motivos para esse tipo de preconceito (com tipo nenhum de preconceito, alias), mas sei que ainda falta muito para a população toda evoluir, começar a pensar nos defeitos verdadeiros da pessoa, julgar pelos atos e não pela aparência. A unica coisa que tenho certeza é que o preconceito aumenta quando você começa a dar um valor grande demais para a opinião dos outros. E o que nos resta fazer é demonstrar que somos iguais a todos os outros, e quem sabe um dia essa besteira de preconceito com o diferente acabará.

"Viver e deixar viver deveria ser um mantra no século XXI, porque preconceito e elegância são coisas diametralmente opostas. Algumas tattoos são obras de arte. Desejo ardentemente que, num futuro bem breve, aceitemos a maneira individual pela qual todos se expressam sem pré-julgamentos e preconceitos também!" (Célia Leão - Consultora de empresas na área de Etiqueta Empresarial e Marketing Pessoal para o livro 'Tattoo Your Soul')

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Quanto está valendo o amor?

Amor, o sentimento que nos faz sentir um arrepio e ter borboletas no estômago ao ver a pessoa amada. O sentimento que nos faz ter certeza de que estamos com a pessoa certa, aquela com qual queremos passar o resto da nossa vida,  fazer feliz a cada instante e estar junto a todo momento. Talvez, esta descrição que eu dei seja clichê para o amor, já que ele não tem explicação, só sentindo para saber, mas o que sei é que nos dias de hoje este sentimento deixou de ter tanta relevância e está sendo utilizado de uma maneira banal.

Antes de qualquer coisa, as pessoas deveriam aprender que beijar alguém na balada ou estar ficando a dois dias NÃO é amor. Você não pode estar amando uma pessoa que nem conhece, amor é um sentimento construído ao longo do tempo e conquistado novamente a cada dia. Pensando nisso eu pergunto: quanto está valendo o amor hoje? Nada? Menos que um big-big? Ou eu que sou do 'tempo antigo' e gosto das coisas tudo certinho?

Cansei da banalização do amor, dos 'eu te amo' que são ditos como 'bom dia' e dos namoros que são superficiais. Parece que o mais importante é estar usando uma aliança no dedo e mudar o status de relacionamento nas mídias sociais do que o sentimento. As pessoas trocam de namorado como trocam de roupa e acham isso a coisa mais normal do mundo, mas não pra mim. É impossível criar algum laço, um sentimento VERDADEIRO e em tão pouco tempo ele terminar e você não sentir mais nada.

Você deve estar lendo e pensar 'fica quieta menina, você não sabe nada sobre amor'. Posso não saber, posso não ser uma expert, mas o pouco do que já  experimentei deste sentimento (e continuo experimentando) é algo para ser vivido com intensidade, sinceridade e realidade. O amor não acontece somente nos contos de fada, ele está aí a procura de novas pessoas para atingir, mas atingir de uma maneira mágica e quando ele estiver presente, não o banalize, dê a ele o seu devido valor e aproveite este sentimento único e especial por alguém.

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É pedir demais?

Amor. Não sou nenhuma expert para falar sobre ele, pelo contrário. Se tem algo difícil-beirando-impossível é falar sobre este e qualquer outro sentimento. E o amor ainda é o mais forte, mais arrebatador e o mais transformador dos sentimentos humanos, só pra complicar. Dito isto, precisava compartilhar o pensamento de que tá faltando amor, em geral mesmo. É tão fácil amarmos e declararmos amor a quem também nos ama e faz-nos sentirmos bem, alguém que nos ouve, nos faz rir e nos aconselha, mas por àquele que por algum motivo nos fez mal, ou simplesmente não possui nenhuma "afinidade" (palavra da moda) com nossos gostos e carências, só conseguimos sentir desapreço e nem fazemos questão de reverter isso.

Reclamamos da violência, ficamos pasmos com a história dos 74 mortos e tantos outros feridos na guerra entre torcedores no Egito, não nos conformamos com a corrupção, sentimos pena dos moradores de rua e das crianças malabaristas dos farois, tememos até o fim dos tempos, mas não nos esforçamos em demonstrar amor da nossa parte com o semelhante desconhecido. De fato, ele é desconhecido mesmo, não preciso amá-lo; só amo quem me ama, só quem merece meu amor - aliás, quem determina quem merece ou não o amor que temos pra dar? Mesquinharia?

Chega de amor só quando nos convém, tudo é pura vaidade! Vamos praticar amor em casa mesmo, todos os dias, não só quando chega o natal, por exemplo, que nos mostramos incomodados com a falsidade alheia que existe na data. A culpa não é da data! É nossa! Se somos falsos ou presenciamos a falsidade no fim do ano, é porque nos 11 meses que se passaram fomos individualistas e medíocres, só queremos receber amor, e não dar. Se as pessoas ao redor são falsas, seja verdadeiro com elas. Elas só precisam de amor. Seja você a mudança que quer ver. Amor não é só abraço e beijo. É respeito, carinho, amizade, fidelidade, sinceridade, doação... ele pode estar em tantos lugares, e ainda assim, tá faltando amor.

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