A fase de juntar as escovas

Na nossa vida passamos por várias fases. Na infância, vamos à diversas festinhas de aniversário, cansamos de ir em parques de diversões e o natal é sempre a época mais aguardada. Dos 14 aos 16 anos, pelo menos pras meninas, a febre é festa de debutante e baladinhas. É um convite atrás do outro! É a fase de encontrar um bofe-escândalo do terceiro ano pra namorar sério. Aí chega na fase que você entra na faculdade, acaba filtrando os amigos e fica só com aqueles que acompanham seu ritmo de início de vida adulta do seu lado. Muitas vezes, nenhum. Arranja um trampo sério que te consome a alma e não tem mais tempo nem de abrir a geladeira pra pensar, como nos tempos sem responsabilidades. Daí passa mais um tempo, quando a pessoa já acha que sabe alguma coisa da vida e tá pronto pra dividir o que tanto sabe com alguém, arruma um ser pra juntar as escovas. Na minha vida atualmente, a bola da vez já é essa, casar. Pelo menos no meu meio de convívio.

Contando assim parece que é simples, mas ao mesmo tempo demorado. Parece que casar, pra quem pretende, só vai acontecer num futuro beeeem distante, ainda que o fulano já tenha seus 30 e todos anos. Mas na verdade chega bem rápido, mas não é nada simples. NADA mesmo. Além da decisão que deve ser pensada e repensada umas 500 vezes (tá preparado pra deixar seu PAItrocínio? Acordar com uma pessoinha baforando ao seu lado de segunda a segunda?). Quem quer seguir todos os mimimis clássicos com pompa e circunstância tem muito a fazer. Que trampo dá se casar! Baita grana gasta pra você ter aquele dia dos sonhos. E você nem come direito. Vale pelos presentes, a graninha da gravata e do sapato (assalto-à-mão-não-armada durante a festa) e a lua de mel, que você faz aquela viagenzinha sem encheção de saco de ninguém com a pessoa amada. Voltando ao assunto grana, você gasta, seu amado(a) gasta, as pessoas que você convidou gastam...haja décimo terceiro salário.


Etapas da vida...
Mas quem já casou me contou que tudo isso vale a pena. Todo esse trampo e grana investida pra divertir e alimentar os outros por umas 3 a 4 horas é como um grão de mostarda dentro do pacífico. Mas eu, talvez por ainda estar do lado de fora dessa "fase", ainda a vejo com olhos bem racionais, e de repente por faltarem anos luz pra chegar minha vez. Sem contar que, teu amigo casou? Esquece, não vai ser a mesma coisa que antes. Mesmo que o marido ou a esposa do seu amigo seja também seu amigo. Até se você chamar sua amiga pra ver uma roupa com você no shopping ou pra ver um filme, ela vai no mínimo "ver com o marido". Ter certeza que deixou pelo menos um feijão pronto pro coitado comer. Virou dona de casa, é isso aí. Responsabilidade ao quadrado!

Cada coisa no seu devido tempo. Só case (ou una-se a alguém geograficamente, como preferir) se você tiver certeza do que está fazendo, não caia na moda. Decida viver a dois preparado pras coisas ruins que vão chegar. As flores estão só no buquê e na decoração. Muita coisa na vida é boa, mas é ruim. Casar, pelo que dizem, é ruim mas é bom. Na verdade a gente só vai saber mesmo quando encontrar alguém que ama muito pra juntar as escovas.

(A quem interessar possa, este é um ponto de vista sarcástico da autora do texto sobre o assunto. Ela também quer se casar um dia e gastar o décimo terceiro e mais um pouco alimentando seus convidados por 4 horas).


1 comentários:

Lais disse...
17 de janeiro de 2012 às 16:31

Arrasou Iza!
Parabens pelo artigo...mandou mto bem.
Que Deus continue te abençoando linda!
Sucesso!!!

Beijo

Comente

Volver al inicio Volver arriba Penso, logo falo. Theme ligneous by pure-essence.net. Bloggerized by Chica Blogger.